
Por todas as ruas, por todos os lugares, memórias.
Do modo que costumávamos ao movimento.
Caminhadas de sorrisos nas tardes, dos esperançosos. Todos nós estávamos aqui antes.
Quando poderemos estar aqui depois? Recordações das danças que fizemos indo e vindo.
E o que pode restar, é o amor a vida Porque o amor não é uma lição facilmente esquecida.
Quão mais é muito longe. Quão mais podemos seguir tentando não sentir… Como alguém que perdeu algo precioso.
Como o alimento que dá luz a nossas almas. Quando poderemos nos curar, Quando acreditarmos que tudo se foi?
Quando estivermos seguindo em frente sem sentir, sem olhar para trás?
Desapegar de todas aquelas imagens que doem como armas apontadas para o coração.
Especialmente quando se espera o olhar dos fantasmas recém chegados ao tempo.
Quão devemos aguardar que o tempo se encarregue de nos tornar melhor que somos?
E nos refazer de tudo que se foi, de todas as possibilidades que estão por vir?
Quão poderei abraçar aos que ainda estão. Sorrir ao retorno de todas as ruas, de todos os lugares. Um abraço colado ao corpo de todos os amigos e todas as pessoas que nunca dei meu abraço.
Mago Cigano
